Apareceram de repente e agora ninguém os vai deixar cair. As músicas do álbum de estreia já se ouvem nas rádios e foram apresentadas em muitos palcos durante o Verão. Salto, disco homónimo da banda de Luís Montenegro, Guilherme Tomé Ribeiro e Tito Romão, é uma viagem por diferentes paisagens sonoras. Vale tudo e são eles que o dizem: "vale dançar, saltar, moshpit e crowdsurf".
Quem são os Salto? Como surgiu o projecto?
Os Salto são um duo de três pessoas que se chamam Salto desde 2 de Novembro de 2007. Em 2007, éramos só dois, Luís Montenegro e Guilherme Tomé Ribeiro e a partir de 2012 passámos a ser três, com a chegada do Tito Romão.
O projecto surgiu de uma forma muito natural e simples. Nós os dois somos primos e desde dos 13 ou 14 anos que gostávamos de pegar em duas guitarras e experimentar tocar música. Com o passar dos anos fomos aprendendo música no Conservatório de Música do Porto e depois tirámos a licenciatura em Produção e Tecnologias da Música na ESMAE. Com esta licenciatura a electrónica, os computadores e os sintetizadores, ganham espaço na nossa música e fazem-nos chegar a este primeiro álbum.
São referidos como uma banda promissora e inovadora. Como definem o vosso som?
Que bom é ouvir tais palavras. Porém, é-nos complicado definir o nosso som concretizando-o num espaço bem delimitado. Passa por muitas influências e por muitos objectivos e ainda tem muito para evoluir. Achamos que é justo admitir uma linha transversal ao nosso trabalho que é a intensidade e o entusiasmo com que nos lançamos a cada música, um som intenso e entusiasta.
Fala-se muito dessas influências e de como são fáceis de identificar no álbum Salto. Quem são elas?
Ui, essa é complicada. O álbum foi feito durante um ano e tal, por isso as nossas influências passaram muito pelo que ouvimos ao longo nessa altura. Poderiam escrever-se algumas páginas de bandas e produtores que nos influenciaram. Há muitos nomes que nos acompanharam durante esse ano.
Gravar um álbum a par da licenciatura em Produção e Tecnologias da Música parece ter resultado numa mistura experimentalista e diferente. Como foi o processo criativo?
Foi feito de trabalho, de ouvir muita música e de fazer muitas experiências e gravações. Não tínhamos pressa mas queríamos muito mostrar aquilo que andava nas nossas cabeças. Por isso, trabalhámos praticamente todos os dias do ano a pensar naquele que seria o nosso primeiro álbum.
Pode esperar-se o mesmo de um segundo disco – a frescura das experiências e influências claras?
Claro que sim! É por aí que queremos ir! Pode ter mais ou menos experiências, ainda não sabemos bem, mas é certo que pode dar muitas voltas em relação ao primeiro. No fim, o que conta mais é ver a reacção do público.
Como foi essa reacção na abertura do palco principal do Super Bock Super Rock? Como encararam esse desafio, dado que o vosso álbum de estreia tinha acabado de sair?
Foi realmente uma grande responsabilidade e um grande orgulho ter a oportunidade de poder abrir o palco principal de um festival tão importante em Portugal. Foi uma sensação muito boa! Estávamos mesmo muito contentes por estar ali a tocar, por estar um óptimo fim de tarde e por haver já um bom número de pessoas que nos queriam ver e muitos que até já sabiam algumas músicas!
E estiveram também no Paredes de Coura. Este é o ano dos Salto?
Este é o ano em que mostramos o nosso primeiro álbum. É interessante que, actualmente, em Portugal todos os anos há muita música nova e com muita qualidade a ser feita. É mesmo muito bom podermos mostrar a nossa música e haver gente interessada em ouvi-la. Quanto aos concertos, tem sido uma experiência nova porque agora tocamos com baterista, o Tito, e isso tem sido um grande desafio pois queremos ter um concerto que seja realmente uma festa.
O público está a aderir ao álbum, Salto?
Está sim. Muita gente tem vindo falar connosco acerca do álbum a dar os parabéns, a dizer “finalmente” e alguns até dizem que se sentem bem quando o ouvem, o que nos deixa mesmo muito felizes!
Porquê a escolha do New Max para produzir o álbum?
Por tudo o que já fez na música portuguesa. Por ter produzido os discos de Expensive Soul. É claramente alguém muito importante no panorama musical português e que nos ajudou muito.
Como descrevem, em algumas palavras, os temas que fazem parte do Salto?
Uma viagem por diferentes paisagens sonoras e cores. Queremos muito que façam essa viagem!
Diz-se que são a revelação da música nacional para o Verão. Onde é que estas músicas devem ser ouvidas?
É muito interessante ser apelidado como um álbum de Verão embora não tenha sido feito a pensar exactamente nisso, mas sim numa vontade de fazer as pessoas cantarem e mexerem-se (vale dançar, saltar, moshpit, crowdsurf). Pode e deve ser ouvido em qualquer lugar. Se for um momento partilhado com alguém, há quem diga e jure a pés juntos que é espectacular!
Os Salto andam atrás de…
…quem não quer ver.