Fotografia de Sílvia Lopes |
O dia dos meninos e meninas da música alternativa. Não tinha grandes expectativas para este dia (what a fool), mas foi talvez o preferido. O melhor concerto? Vou arriscar fugir à resposta que todos andam a dar e dizer que foi o dos Friendly Fires.
Ao segundo dia, 21 mil pessoas foram ao Meco, grande parte só para ver a tão aguardada estreia de Lana Del Rey. Pena, porque o festival tinha muito mais para oferece no Sábado, como as bandas do Palco EDP, pouco composto.
Supernada e mais nada
Manel Cruz é a alma de todos os projectos onde entra, tornando-se figura de culto à conta dos Ornatos Violeta. Os Supernada, a mais recente aventura do músico, fizeram uma abertura fraca do palco principal, muito por conta do público tão escasso a assistir. O vocalista já perdeu um pouco da energia habitual, mas mantém a aura de genialidade que lhe é reconhecida.
The Rapture a meio gás
Um bom som ao vivo, uma banda que impõe respeito - foi assim que os americanos The Rapture regressaram a Portugal depois de marcarem presença no Optimus Primavera Sound. O público ficou longe, o que me parece ter comprometido também o empenho da banda.
Hanni El Kathib: já ganhou
'Come Alive' anda a rodar nas rádios e foi a música com que este palestiniano/filipino rasgou o Palco EDP. Da primeira vez que ouvi este single soou muito a The Black Keys (e adorei). Tem ar de rock, voz grave agradável, música boa e imenso estilo. É um grande guitarrista e foi uma das figuras da noite, a quem devia ter sido dado mais destaque.
Lana Del Rey, a santa a falar ao povo
Confesso que não vi todo o concerto de Lana Del Rey, que dizem ter sido curtinho. Ao início, Lana desce à terra, cumprimenta os fãs, distribui beijinhos e abraços e aceita prendas. Nisto se foram 10 ou 15 minutos de concerto que bastaram para que a sensação indie que virou pop dissesse não poder esperar pelo regresso a Portugal e que o público do SBSR era o melhor (há que desconfiar sempre destas afirmações). Cheguei a temer que se desfizesse nas mãos dos admiradores ávidos de lhe tocar. Quanto à música, tem boa voz mas não canta grande coisa. As músicas são todas parecidas e, ao vivo, não acrescentam grande coisa às gravações de estúdio. Foi o concerto que mais encheu, mais até do que Peter Gabriel.
Oh Land: "estás melhor que a Lana Del Rey"
Foi o desabafo de um espectador ao fim das primeiras músicas da dinamarquesa que dá pelo nome de palco Oh Land. Realmente, apareceu com pompa e circunstância q.b., voz muito melhor e simpatia para dar e vender. As músicas são muito boas e chamaram à zona norte do recinto todos os não apreciadores de Lana Del Rey, sem grande esforço. É um projecto a seguir.
Friendly Fires on fire!
Os dois discos da banda são bons mas é em concerto que os Friendly Fires brilham, muito pela energia do vocalista, Ed Macfarlane, que não pára de dançar do primeiro ao último acorde. Perante um público pouco dinâmico, o vocalista ainda pediu "não sejam tímidos" e quase podíamos vê-lo a acrescentar "porque eu nãoo sou". Energia semelhante à de Ricky Wilson, embora o som desta banda seja bem mais disco do que o dos Kaiser Chiefs. Deram a animação de que o palco principal precisava, com um público já em estágio para M.I.A.
A badass attitude de M.I.A.
Aguardada por muitos, acabou por fazer a festa de todos. Pela associação recente à rainha da pop, Madonna, M.I.A. foi um dos nomes que mais pessoas chamou ao Meco. No fim da noite, superou qualquer tenda electrónica, embora tenha começado de forma muito fraca com um DJ set que alguns chegaram a confundir com a própria artista. Mais para o fim, luz e barulho fizeram crescer o espectáculo, já de si imponente pela atitude da badass de M.I.A.
Day 2, Super Bock Super Rock fest. The day had probably the most pop or mainstream line-up of the festival, with such names as Lana Del Rey and M.I.A. In the end of the night, Friendly Fires were, for me, a surprise and the best ones on stage.
Lana Del Rey's show had the larger turnout of the three days (even more people than Peter Gabriel had), with many fans going there just to watch her peformance. A pitty, since the festival had much more to offer, like the bands at the second stage, Palco EDP.
Supernada, that was it
Manel Cruz is a Portuguese singer/songwriter that many admire. He's the soul of the many projects he jumps into, since the cult band Ornatos Violeta in the 1990s. Though he is still amazing, the lead singer failed to present enough energy to open the main stage for the day.
The Rapture and their so-so performance
The NY based band presented good music, with great musicians playing good live songs. But that was it. Little energy from the band and from the crowd ended up making a flat show, just after The Rapture's performance at Optimus Primavera Sound a few weeks ago.
Hanni El Kathib is the winner
'Come Alive' has been playing on the radio and, the first time I heard it, it sounded like a The Black Keys' song. The singer/songwriter caught my attention as soon as he got on stage with his deep and smooth voice and rock style. He is a great guitar player, which helped make this show one of the best of the night, only many people didn't talk about it.
Lana Del Rey, the saint talks to the people
I didn't catch her whole performance, but from whatI heard it was pretty short. Right at the begginingetty short. Right at the beggining, Lana comes down the stage to talk to the fans, to great them, to give away kisses and hugs and to take gifts. Something like 10 or 15 minutes of Lana Del Rey mixing with the crowd and it was enough for the singer (yes, she does sing) to say she couldn't wait to come back. Her band is good but the songs all sound the same. Despite that, it was the show that thhe most people watched, even more the for Peter Gabriel.
Oh Land better than Lana
In between two songs of Oh Land, someone in the crowd screamed that she was better than Lana Del Rey. That was the general feeling among the ones that gave up on watching the new indie/pop princess to go to the secondary stage. With good songs and a genuine kindness, the singer that goes by the name Oh Land enchanted the EDP stage.
Friendly Fires on fire!
The British band has two records but nothing that compares to their live shows. That's where they really shine and where their disco inspired songs come alive much due to the lead singer's energy. Ed Macfarlane simply does not stop dancing. He grabbed thee crowd screaming "Lisbon, don't be shy!". And we can almost imagine him adding "because I'm not!". It reminded me of Ricky Wilson, though their vibe is quite different from Kaiser Chiefs'. They prepared the stage for M.I.A.
M.I.A.'s badass attitude
She was one the names that convinced many people to go to the festival, after she became more mainstream due to her collaboration with Madonna. She overcame the electronic stage by making everybody - and I mean everybody - move.The first part of the show was somehow weird, with a DJ set that many people assumed to be M.I.A. herself. In the end, her badass attitude combined with the lights and noise turned out good.