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19 Apr 2014

Django Django contam-nos histórias de embalar


Com o Record Store Day a criar filas à porta das lojas de discos um dia antes do arranque oficial, viramos atenções para os lançamentos especiais que chegam com o terceiro sábado do mês de Abril, esse que já é conhecido como um dos melhores dias para os fanáticos da música.

A editora independente Night Time Stories tem vindo a convidar vários artistas para participarem nas colectâneas Late Night Tales e o mote deles convence qualquer um: "music and stories worth staying up for". A ideia é simples: a curadoria de cada edição, em cada ano, é entregue a um artista convidado. Cabe-lhe ainda a tarefa de incluir na tracklist uma cover feita por si.

Este ano, são os Django Django os responsáveis pela Late Night Tales, uma lista que vai incluir nomes como Philip GlassThe Beach BoysMassive AttackTNGHT e Outkast quando for divulgada, a 12 de Maio. Os britânicos escolheram 'Porpoise Song' dos The Monkees e a sua versão psicadélica ficou assim.



As últimas edições da colectânea foram entregues a ilustres convidados como The Flaming Lips (2005), Belle & Sebastian (2012), Nouvelle Vague (2007), Matt Helders (Arctic Monkeys, 2008), MGMT (2011), Metronomy (2012), Friendly Fires (2012) e Bonobo (2013). 

Uma preview do álbum curado pelos Django Django pode ser ouvida aqui.

15 Oct 2013

Só por ser Outono

bruce-wayne-photography.com

Texto originalmente publicado em Look Mag


Sim, o Verão já lá vai e não vale a pena continuar a chorar pelo fim dos sunsets e da época alta de ‘Get Lucky’. É que o Outono já aí está e vem cheio de músicas boas – umas novas, outras mais antigas. Por isso, e para converter os haters desta estação, aqui fica uma sugestão de músicas que caem mesmo bem nesta altura. Para acompanhar um bom livro lido no sofá, de manta nas pernas e chá entre mãos.



‘Heavy Feet’, Local Natives

O concerto dos Local Natives em Lisboa aproxima-se (é já a 17 de Novembro) e, ao mesmo ritmo, cresce a vontade de redescobrir a banda americana. ‘Heavy Feet’ é das preferidas aqui por estes lados. E tem andado a rodar muitas vezes, enquanto se vê pela janela os dias a acabarem cada vez mais cedo.






‘Indie City’, Pixies

Quem também vem a Lisboa vem fazer uma visita são os Pixies. Oportunidade ideal para conhecer as novas músicas desta banda que é, mais que isso, um ícone. Este ‘Indie City’ faz parte do EP lançado ainda no Verão, mas que vai saber ainda melhor agora. À confiança.






‘You Swan, Go On’, Minta & The Brook Trout (cover de Mount Eerie)

Para bem receber o Outono, Minta & The Brook Trout lançaram Out of Washington State, um EP digital que não podia ter mais que ver com estes dias. São sete canções com registo intimista, entre músicas próprias e versões de artistas como Mount Eerie e Beck.






‘Mad Sounds’, Arctic Monkeys

(Não, esta lista não se faz só de guitarras calminhas…) É talvez a faixa mais outonal do novo disco dos Arctic Monkeys, AM. Os coros de “uh la la la” puxam à nostalgia da estação. Como se ‘Mad Sounds’ fosse a música ideal para ouvir no fim da noite, a ir para casa, depois da festa de ‘Do I Wanna Know’ ou ‘Fireside’.






‘Outono’, Tiago Bettencourt

A voz de Tiago Bettencourt cai como uma luva no cenário que já desenhámos. E, nem de propósito, o músico deu-nos a conhecer uma versão recente da música ‘Outono’. Gravada entre folhas secas, tem a colaboração de Fred Ferreira e não podia ser mais perfeita para fechar esta playlist.

Sugestão: passar estas músicas para o iPod e ouvi-las a descer a Avenida da Liberdade, numa tarde de céu limpo, de mãos nos bolsos e phones nos ouvidos a bloquear a agitação da hora de ponta. Com sorte, ainda se apanha o cheiro das castanhas assadas no Marquês.




O Urban Blues recomenda:
Para esquecer o trabalho e o escritório: ‘Don’t Save Me’, Haim
Para recordar um clássico: ‘Canção de Engate’, António Variações
Para ver a chuva a cair do outro lado da janela: ‘The Breeze’, Bill Callahan
Para expandir horizontes: ‘Vi Morrer um Verso’, Reflect
Para bater com o pé no chão: ‘Lightning Bolt’, Jake Bugg em cover de Deap Vally
Para combater o mau feitio (ou abraçá-lo plenamente): ‘No Romance Without Finance’, Tape Junk

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To say goodbye to Summer we shall put 'Get Lucky' to rest and replace it with a bunch of Autumn songs. Here's a playlist with plenty of suggestions for those days of staying in bed with a book and a cup of tea.

8 Aug 2012

Salto. De gigante

 
Do Super Bock Super Rock para o palco da Fnac Chiado há uma distância considerável. Não para os Salto que conseguiram, com a sua música de compassos frenéticos e refrões catchy, encher tanto um quanto o outro. (É difícil não desejar que a ordem destas actuações se tivesse invertido para dar mais rodagem à banda.)

A promover o disco de estreia, homónimo, os Salto deram no dia 30 de Julho talvez o único showcase da história da Fnac com direito a encore.

No palco, uma parafernália de instrumentos aguardava a banda - a Luís Montenegro e Guilherme Tomé Ribeiro juntou-se Tito Romão, que acrescenta a sua bateria às guitarras, baixos, teclados e sintetizadores espalhados entre microfones, cabos e pedais.

Num concerto de uma hora, os Salto passaram pelas músicas mais mexidas, que o público acompanhou sem timidez, até que 'Deixar Cair' fez a delícia de toda a gente. Gente muito nova - também os Salto o são - a explicar porque temas como 'Por Ti Demais' se tornaram banda sonora deste Verão.

Com sotaque do Norte, os rapazes interagem com o público e trocam piadas entre si. Pousam as guitarras para 'Sem 100', uma mistura de botões e voz em português que vicía e transpõe as fronteiras da música nacional.

O público pede mais uma e os Salto querem aceder. Abre-se espaço para pedidos e, no meio de gritos entusiasmados de quem se sente parte da actuação, alguém reclama "tudo de novo". 'Poema de Ninguém' é muito "calminha" e 'Deixar Cair' ainda há pouco foi tocada. A banda parece não querer deixar o palco e acaba por oferecer 'O Teu Par' e 'Coração Bate Fora'.

Apontados como uma das revelações recentes da música portuguesa, os portuenses Salto fazem lembrar Arctic Monkeys, Arcade Fire e Pet Shop Boys. Têm disco muito recente, que já recolheu o aval da crítica. Andam a percorrer os festivais desta temporada com um destaque ousado e bem merecido. A 13 de Agosto tocam no Palco Vodafone FM do EDP Paredes de Coura.

Ficam algumas fotografias da apresentação na Fnac Chiado.


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They played at Super Bock Super Rock in July. Now they've been presenting their first album in Fnac stores all over the country. Salto are one of the biggest promises of the Portuguese musical scene and a breath of fresh air.

With catchy lyrics and a frenetic pace, their songs have installed themselves as the soundtrack for this Summer. An entire audience proved it by singing along with Salto at Fnac Chiado, on July 30th.

The small stage of the store was even smaller to host the variety of instruments that the band carry around everywhere - guitars, bass, drums, several keyboards and synths. Luís Montenegro, Guilherme Tomé Ribeiro and Tito Romão play all these instruments during the show and still manage to amuse the audience with their nice words.

Songs such as 'Deixar Cair', 'Por Ti Demais' and 'Sem 100' are among the most popular ones and reflect influences of Arctic Monkeys, Arcade Fire and the Pet Shop Boys.

At the end of the showcase, people were screaming for more. Salto came back to the stage to perform what the crowd requested. Being impossible to play everything again, as one member of the audience suggested, they went with 'O Teu Par' and 'Coração Bate Fora'.

On August 13th, Salto add one more name to the list of Summer festivals they have played at this year (EDP Paredes de Coura). The tour has been focusing on their recently launched first album, available here.

12 Jun 2012

Just like being there: Arctic Monkeys

Maybe I'll start a new feature on live shows uploaded to YouTube.

Here is an Arctic Monkeys show, from February 2011.

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Se calhar vou começar uma rubrica de concertos no YouTube.

Cliquem no vídeo para ver os Arctic Monkeys, num concerto de Fevereiro de 2011.

11 Jun 2012

Do público para o palco, quem manda agora é Capitão Fausto

No espaço de um ano, lançaram um álbum de originais, saíram do anonimato da cave e tocaram nas duas edições do Vodafone Mexefest. Estão prestes a dar mais um passo no sentido contrário ao do anonimato – a 5 de Julho, saltam do público para o palco principal do Super Bock Super Rock, ao lado de Hot Chip e Bloc Party. É oficial: agora quem manda é Capitão Fausto.


Nem a chuva nem o mau resultado do Portugal-Alemanha desanimaram a noite dos Capitão Fausto em Oeiras. Estes amigos de liceu juntaram-se há quase 3 anos de forma muito natural e com o propósito simples de fazer música. Misturaram os seus gostos musicais (que vão de Beatles a Arctic Monkeys, de The Doors a Jack White) e deram origem à banda que anda a surpreender e a conquistar os públicos a quem se apresenta.

O concerto nas Festas de Oeiras foi um dos primeiros de uma agenda de Verão cheia (que inclui passagens por palcos como o Lux, o Ritz Club, o São Jorge e o Festival Bons Sons). Foi também um ensaio para a apresentação no SBSR, concerto que vai ser uma prova de fogo importante no breve percurso da banda. Há surpresas, mas ainda não as revelam. Ainda assim, asseguram que cada espectáculo é diferente.

Fugir à repetição é missão que os Capitão Fausto levam para o palco. É também fórmula vencedora, que lhes valeu críticas positivas e algum reconhecimento depois dos concertos em Lisboa e no Porto no Vodafone Mexefest. “A partir daí começámos a ver caras novas e pessoas a cantarem as músicas que não os nossos amigos”, recorda Domingos Coimbra (baixo). “Os dois concertos correram bem e ajudaram-nos a evoluir um bocadinho”, acrescenta Tomás Wallenstein (voz e guitarra). “Os concertos estão a ficar cada vez mais interessantes, pelo menos para nós, de tocar”, assegura

Se o SBSR for como o concerto de Sábado em Oeiras, o destaque vai para a música tocada ao vivo. Se há traço marcante dos Capitão Fausto é a capacidade de conjugar em palco tantos instrumentos de forma harmoniosa. Ao baixo de Domingos e à guitarra de Tomás juntam-se a guitarra de Manuel Palha, a bateria de Salvador Seabra e as teclas de Francisco Ferreira.

Com tudo isto a acontecer em palco, é apenas natural que o público entre no ritmo e na dança das músicas já muito conhecidas. “Não descreveria os concertos como muito descolados do disco, com a diferença de que é um som muito mais alto e estão lá umas pessoas aos saltos”, diz o vocalista. E estiveram mesmo. Quase no fim do concerto algumas vozes pediam ‘Teresa’, o primeiro single do álbum de estreia, Gazela.

Porquê Gazela? O momento de dar nome ao álbum coincidiu com uma fase inspirada de desenhos de animais cerrados ao meio pelo estudante de design, Francisco Ferreira. Também o alinhamento do álbum está dividido entre as primeiras músicas feitas pela banda e as que foram compostas já com a intenção de integrar o primeiro trabalho, afilhado da editora Chifre.

Já pensam no sucessor de Gazela e têm muito material novo, usando os ensaios como momentos de composição. Essa é uma das razões pelas quais vamos ouvir falar muito dos Capitão Fausto nos próximos tempos.

Sem pressa mas com confiança, esta banda de Lisboa vai-se instalando entre os nomes da nova música portuguesa, sem precisar de forçar o seu espaço. São únicos, com um som muito instrumental, singles que ficam instantaneamente no ouvido e um toque retro muito britânico.




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Oh Captain, my Captain

In only a year they have released an album and played both in Lisbon and Porto at Vodafone Mexefest. On July 5th they will take a step further into the spotlight by going up on the main stage of one of the most recognised festivals in Portugal, Super Bock Super Rock, right next to bands like Hot Chip and Bloc Party. Capitão Fausto (Captain Fausto, if you will) are here to stay.

They were friends from high school and, 3 years ago, decided to get together with the plain goal of playing music. By mixing their taste in music (which goes from The Beatles to Arctic Monkeys and from The Doors to Jack White), Capitão Fausto were born and started winning the crowds they play to.

Urban Blues talked to the band just before their concert in Oeiras, Cascais, on Saturday, which was the first show of many they will be playing in the summer, both in small but important stages and in big festivals like Super Bock Super Rock. This will be an important milestone on the band’s brief history. Though they don’t reveal the surprises they’re thinking of for the show, lead singer Tomás Wallenstein assures every concert is different.

That’s what they did at Vodafone Mexefest, in Lisbon and Porto, and that’s one of the things that earned them quite positive critics. Also, since then, they started seeing unknown fans (this is, not the usual familiar audience) at the shows, singing the songs.

If the show at Super Bock Super Rock is anything like the one they did in Oeiras, people can expect good music played live. In fact, Capitão Fausto are nothing if not a great live band that can bring together in a balanced way all the instruments they have on stage. There are the two guitars by Tomás Wallenstein and Manuel Palha, the bass guitar by Domingos Coimbra, the drums by Salvador Seabra and the keyboard by Francisco Ferreira.

So, lots of different sounds coming together quite perfectly and making people dance, like the crowd in Oeiras did. Despite the rain and the sad results at the soccer match between Portugal and Germany for the European competition, the crowd was pretty cheerful and even asked for the songs they knew better such as ‘Teresa’, the first single of the debut album, Gazela.

The album cover features a gazelle, designed by Francisco Ferreira. One thing: the gazelle is cut open in half, just like the album is divided in two parts – songs they did in the beginning of their inspired time as a band and songs made specially to be in the album.

They’re just getting started but Capitão Fausto already think about the next album, for which they have lots of new material. We can surely expect to see this name everywhere in the times coming.

They are in no hurry. They move slowly but firmly while conquering their own spot in the sunlight of the Portuguese music scene. It’s a rightful place. Their instrumental sound, catchy singles and retro British vibe make them unique.