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1 Mar 2013

Parabéns TSF! III


 Mais covers de artistas portugueses para celebrar o 25º aniversário da TSF.


'Por Quem Não Esqueci', de Sétima Legião por The Weatherman


'Is This Love', de Whitesnake por Márcia 


'Esta Cidade', de Xutos e Pontapés por Sean Riley


'Efectivamente', de GNR por O Martim



'One More Try', de George Michael por Walter Benjamin 



'A Groovy Kind of Love', de Phil Collins por Vitorino Voador


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Check out these new covers by Portuguese artists celebrating the 25º anniversary of TSF radio. You can also take a listening to what some other artists have done here and here.
'Por Quem Não Esqueci', by Sétima Legião, covered by The Weatherman
'Is This Love', by Whitesnake, covered by Márcia 
'A Groovy Kind of Love', by Phil Collins, covered by Vitorino Voador
'Esta Cidade', de Xutos e Pontapés por Sean Riley
'Efectivamente', de GNR por O Martim
'One More Try', de George Michael por Walter Benjamin
 

6 Feb 2013

O Martim estreia Em Banho Maria no Ritz Clube


Em Banho Maria, single e disco, já anda a rodar nas rádios e a correr as redes sociais há uns meses. Agora, vai chega a edição em formato físico e há festa de lançamento apropriada à estreia do projecto. Quem lhe dá cara - e nome - é Martim Torres, mais conhecido do público pela presença assídua no talkshow 5 para a meia noite. No currículo, tem ainda passagens pela banda dos Homens da Luta e numa fase das composições de B Fachada. 

Da formação em Jazz à pop bem-disposta, do contrabaixo ao baixo eléctrico, dos desamores às noites do Cais do Sodré, é o próprio Martim que conta o seu percurso. E deixa o convite para a festa que acontece a 8 de Fevereiro, no Ritz Clube, em Lisboa. O disco já está à venda e pode ser ouvido no Bandcamp. 

Qual é história por trás de Em Banho Maria?
São várias. O disco gira muito em volta de uma temática que já era conhecida em anteriores canções d´O Martim. Estou a falar da derrota, do amor falhado, do fazer as pazes com isso e da vida boémia que vai tantas vezes de mão dada com tudo isso.

É também a história da tua carreira?
Nem por isso. Na minha carreira tenho tido um percurso feliz até agora, não posso dizer o mesmo da minha vida amorosa...

Como é que chegaste ao contrabaixo no teu percurso musical?
Foi por necessidade. Quando terminei o meu curso profissional na ETIC queria continuar os estudos musicais na universidade e, na altura, o único curso superior que existia de Jazz era o da ESMAE, no Porto. Não admitiam baixistas eléctricos. Mudei-me então para o Norte, onde comecei a estudar contrabaixo na Escola de Jazz do Porto, para entrar um ano depois na ESMAE. A transição não foi fácil. Quando um baixista eléctrico passa para o contrabaixo pode ser um processo desmotivante. A abordagem é completamente diferente, não temos a mesma destreza. É como reaprender a tocar.

Tens vindo a compor as apresentações ao vivo com instrumentos que tornam os concertos mais ricos. Como é que esses espectáculos são pensados?
Eu gosto de fazer música com muitas vozes, com muitas linhas melódicas. Adoro fazer arranjos para as minhas canções, desenvolver ideias a partir de uma só. O António Quintino, que não me canso de dizer é um extraordinário compositor, escreve comigo esses arranjos. E depois os senhores António Bruheim, Filipe Durães, Diogo Duque e Mario Conguito Armândio põem a coisa a soar.

Vai ser assim no Ritz Clube? Que surpresas é que podes desvendar?
Sim, no Ritz vamos poder contar com a banda grande. Seremos oito em palco. E posso desvendar que, aqui e ali, teremos a participação de outros convidados, mas mais do que isso não digo.

Apesar de acontecer agora o lançamento oficial do disco, em formato físico, o Em Banho Maria já está disponível na Internet há alguns meses. O público tem aderido à compra online?
Sim. É facto que cada vez menos se vendem discos. Hoje em dia qualquer pessoa ouve a música primeiro no seu computador e a minha música não é excepção. O disco em formato digital ficará disponível para download gratuito muito em breve. O formato físico é que fica à venda nas lojas e, enquanto ainda houver, nos concertos.

Recentemente foi lançado o videoclip do single ‘Em Banho Maria’, que tem um tom bem-disposto e divertido. Como foi a experiência da gravação?
Foi bastante engraçada. Mas também era difícil reunirgrupo tão hilariante de pessoas e não passar a tarde agarrado à barriga a rir. Os Pipocas (Francisco Steinwall e Filipe Casimiro) fizeram um trabalho excepcional, montaram uma casa de banho de luxo em poucas horas e com pouquíssimos recursos, para depois os senhores Ruce e Reco a destruírem completamente. (Não foi completamente, vá. Ainda conseguimos filmar todas as outras cenas...)

Este single, que serviu de introdução ao teu trabalho, é muito leve, pop e bem disposto. Mas o álbum traz músicas mais melancólicas, como a 'Domingo de manhã'. Identificas-te mais com alguma destas facetas?
Todas elas são inspiradas nas pequenas peças deste grande puzzle que é a minha vida. (Gostaram?) Identifico-me portanto com todas de forma igual.

Tens um tema dedicado ao B Fachada, com quem tocaste. É uma inspiração?
Claro que sim. Continua ser uma das minhas maiores referências enquanto músico. É incrível a magia que presenciamos ao ver um concerto dele. Adorava conseguir fazer aquilo. No entanto, eu não sou o B Fachada.

Um convite para a festa do Ritz Clube?
Venham, que eu pago a primeira cerveja. 


As próximas datas d'O Martim
16 Março, Plano B, Porto
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I've told you about O Martim before and  this is the perfect chance to catch him live in Lisbon or Porto. The Portuguese band is released their first album, which is already available at Bandcamp.

Before the first show, which will take place at Ritz Clube, on February 8th, the band's leader, Martim Torres, tells us about his history and inspiration.

O Martim will later launch the album, Em Banho Maria, in Porto, at Plano B, on March 16th.

20 Sept 2012

∆ não é só mais um shortcut



Texto originalmente publicado em Look Mag 

Andava num marasmo, sem saber que música escolher e o iPod ficava-se por um shuffle surdo e insatisfatório. Até que os ouvi na rádio. Saquei do Shazam e arranjei a banda sonora para as próximas semanas.

São mais um produto da era musical dos shortcuts (parentes dos Cut Copy, pelo menos de nome). Os Alt-J (∆) vêm do Reino Unido, mas andam mais perto da indie americana do que da pop britânica e não têm medo de se chegar à folk com barulho de pratos e sintetizadores.

O primeiro álbum tem nome destemido – An Awesome Wave – e já pôs este lado do mundo a dançar. Prova disso é a recente nomeação para o prestigiado Mercury Prize, que destaca os melhores álbuns britânicos e irlandeses do ano. Ao lado de Django Django, Michael Kiwanuka e The XX, e a tentarem suceder a PJ Harvey e Arctic Monkeys, os Alt-J são candidatos de peso ao Mercury Prize.

Para surpresa de muitos, os Alt-J também já passaram por Portugal. Aconteceu no Milhões de Festa, há poucos meses, e foi considerada uma das melhores apresentações deste festival de Barcelos, o que só vem reafirmar que a música portuguesa está em fase de desenvolvimento criativo – das inúmeras bandas que surgem por todo o país com traços bem próprios e originais às escolhas dos festivais para os seus cartazes. Não esquecer a existência de tantos e tão bons festivais.
 

Dos Alt-j fazem parte Joe Newman (é dele a voz ímpar que se ouve nas músicas da banda), Gwil Sainsbury (homem de cordas: guitarrista e baixista), Thom Green (bateria) e Gus Unger-Hamilton (teclas).

Vale a pena conhecer estes rapazes.



O Urban Blues sugere:
Para ouvir em loop: 'I Will Wait', Mumford and Sons
Para banda sonora no trabalho: 'Angels', The XX
Para reflectir se é uma boa combinação: 'Who', St. Vincent e David Byrne
Para bater o pé a caminho da praia: 'Banho maria', Martim

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This is something new. Urban Blues now collaborates with Look Mag. We will publish every month a new post about matters you would read here, like Portuguese music, international indie bands, music news, etc.

The first post was about Alt-J (∆), a British band that combines indie, pop and folk. With some synths.

They've recently been to Portugal, at Milhões de Festa festival and they are getting some recognition. They're up for the Mercury Prize, along with nominees Django Django, Michael Kiwanuka and The XX. An Awesome Wave is their first album and, if they're lucky, it will be awarded this prestigious prize that was previously given to names such as PJ Harvey and Arctic Monkeys.

Check the video above and you will certainly be following Alt-J. They're not just another shortcut.

15 Sept 2012

O Martim em banho-maria na Pensão Amor


Dá pelo nome de Martim e acrescenta o artigo definido para afastar possíveis confusões. Toca baixo, "que é para não fazer muito barulho" e está a chegar-se à frente com o disco de estreia, Em banho maria. Senhoras e senhores, O Martim.

Já o vimos atrás do contrabaixo no programa 5 Para a Meia-noite e ao lado de B Fachada. Teve vontade de saltar para a frente do palco, com melodias para fazer bater o pé (Basta ouvir 'Banho maria', o single de apresentação) e letras de poeta de bairro (como a de 'Cais do Sodré'). Foi assim que Martim se mostrou na Pensão Amor, na passada terça-feira, num concerto cheio de amigos, familiares e turistas que não terão percebido nada do que se cantou.

O espaço dá espectáculo só por si e faz instalar uma atmosfera de revivalismo que pouco tem a ver com a música d'O Martim. Uma pop fresca, leve e apetecível.

É quase sempre despreocupada - "Se o Mourinho fosse um carro não tinha metade do estilo que o meu tem/ o meu carro não é betinho apesar de ser de Belém" ('Honda Blues').

Às vezes, vai ao romantismo amargo - "A cor dos teus cabelos é tão menos escura do que tu/ como é que pode um ser tão belo assim ser a encarnação de Belzebu" ('Belzebu, meu amor').

Sempre divertida - "Já nem sei se estar só é melhor que em má companhia/ o que eu não dava p'ra poder tomar banho com a Maria" ('Banho maria'). "É domingo e o telefone toca, é domingo de manhã/ a carteira vazia a cabeça dói e acabou-se o Guronsan" ('Domingo de manhã').

Letras à parte, o melhor deste projecto é a música. Ao vivo, cresce e torna-se ainda melhor.  O blues soa a blues, a pop faz dançar, e há um solo da teclista da banda que impressiona (e que recuperou a atenção dos turistas na Pensão Amor).

Em banho maria já está à venda, pode ser comprado aqui e ouvido em toda a parte. O Martim vai tocar no Clube Ferroviário a 19 de Setembro, no Quiosque Maritaca (Avenida da Liberdade) a 4 de Outubro e no MusicBox a 5 de Outubro.
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He goes by O Martim, the one and only. His debut album, Em banho maria, is a set of nine fun and toughtful songs, with great melodies. He is a bold rookie in the Portuguese music scene, I tell you that.

Playing guitar and contrabass and some other instruments, O Martim is a great musician and he surrounded himself with talented colleagues, putting up a great live band. If you're in Lisbon in the next weeks, you can catch the band live at:
Clube Ferroviário (Santa Apolónia), September 19th
Quiosque Maritaca (Avenida da Liberdade), October 4th
MusicBox, October 5th.

Till then, take a listen to the album here.